O Brasil possui a maior disponibilidade de água per capita, 21 vezes maior que a da China e 4 vezes maior do que a dos Estados Unidos. Mas, devido ao desperdício desse recurso natural no país, são necessárias ações urgentes e integradas entre os setores governamental, empresarial e comunidade em prol da preservação e uso consciente do recurso, local e mundialmente.
Diante
desse cenário, a Construtora Barbosa Mello (CBM) implantou, no canteiro de obras
em Canaã dos Carajás (PA), a prática de reuso de água na lavagem dos
componentes dos caminhões betoneiras, como tambor, calhas e bicas, dentro de um
sistema fechado, com redução do consumo de água e ganhos econômicos, sociais e
ambientais.
“A
reciclagem se deu basicamente na circulação da água em um sistema fechado,
passando por quatro tanques e com posterior melhoria devido ao acréscimo de
filtros de areia”, explica o gerente de contrato da obra, Wellington Pedra. “Isso
tem um impacto considerável de redução da entrada de água no sistema, mantendo
o ciclo de reuso em um dos processos que mais utilizam água em obras com
grandes volumes de concretagem”, diz.
Segundo
o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), a construção civil
consome boa parte da água potável no mundo – até 25% da água disponível – sendo
que, em áreas urbanizadas, o consumo pode chegar a 50% da água fornecida à
região. Esse impacto significativo torna necessária a substituição do uso da
água potável por fontes alternativas.
Gestão e qualidade
A CBM atua focada em criar uma cultura de preservação do meio ambiente, baseada no Sistema de Gestão Ambiental da ISO 14001:2015. Assim, as ações de reuso de água na lavagem de betoneiras são realizadas de forma estruturada e alinhada.
Considerando
o consumo necessário para lavagem interna e externa de balões das betoneiras, o
volume total de água utilizada, de 2015 a 2018, superou 6 milhões de litros, o que
corresponde a mais de duas piscinas olímpicas de economia de água. A prática atende
ao Pacto Global da ONU, do qual a CBM é signatária.